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Constelações Familiares

Joana Rocha

As Constelações Familiares são um tipo de Terapia Sistémica Familiar, desenvolvida por Bert Hellinger, focada nos conflitos psicológicos que tiveram origem na nossa história e relacionamento familiar.

Esta terapia também pode ser aplicada a outros sistemas, podendo tratar-se de empresas ou grupos mais reduzidos, associados a temáticas específicas (saúde, educação,…).

“A maioria das vezes você não precisa de um novo caminho…
Você precisa de uma nova forma de caminhar!”
Bert Hellinger

O que são as Constelações Familiares?
As Constelações Familiares são um tipo de Terapia Sistémica Familiar, cujo método consiste em trabalhar com um grupo, no qual cada pessoa representa um membro da família de quem está a constelar, ou seja, uma pessoa traz o tema ou a situação que quer trabalhar e o resto do grupo dispõe-se a representar os membros desse sistema que sejam intervenientes e importantes nesta situação.


Esta Terapia também pode ser trabalhada em sessões individuais, usando objetos, como papéis, bonecos ou fotografias que representem os membros da família. O alcance deste trabalho não se limita somente à pessoa que fez a constelação, mas também a todo o sistema familiar, já que, quando um elemento do sistema se move, todos se recolocam na procura de um melhor equilíbrio.
Bert Hellinger utiliza a Constelação Familiar, enquanto instrumento, para tornar visível a dinâmica, normalmente oculta, dos sistemas de relacionamento.

“O processo de crescimento acontece, quando incluímos, cada vez mais, algo que tínhamos excluído e para o qual não tínhamos dado o lugar que lhe compete.”

Bert Hellinger


Qual a importância da nossa história familiar?
A nossa sociedade está a começar a recuperar algo que durante milénios foi parte da sua própria bagagem cultural e que, só recentemente, foi rejeitado: o conceito global de família, tanto presente como falecida. É neste campo de investigação e cura que têm surgido novas terapias e propostas, todas elas baseadas numa ideia fundamental: não podemos escapar ao nosso sistema familiar, nem podemos negá-lo ou ignorá-lo. Para onde quer que vamos, levamos connosco toda a nossa história e a história dos nossos antepassados. E perante a história da família, só temos uma escolha construtiva: aceitá-la, integrá-la e, a partir daí, libertarmo-nos e abrirmo-nos a um novo caminho na nossa existência.
Estas terapias geracionais proporcionam uma estrutura adequada para a compreensão e cura das histórias familiares não resolvidas e este é o conceito fundamental das Constelações Familiares. Trata-se de tentar aceitar aquilo que existe, com amor e respeito, sem julgamento. A fuga, a reprovação ou o “sentimento de vítima” não são modelos que ajudem neste processo de cura.

“Quando numa família, surge um buscador, é porque este encarna o desejo de todo o clã, de sair das repetições e do conhecido e ir adiante.”

Bert Hellinger


Qual a estrutura em que assentam as Constelações Familiares?
As Constelações Familiares baseiam-se no que Bert Hellinger definiu como As Ordens do Amor e são três.

  • A primeira é a Ordem de Pertença, que diz que todos os membros de uma família têm o mesmo direito de pertencer. Se um membro for excluído, independentemente dos motivos, outro membro da família terá que representar essa pessoa excluída no futuro, pelo fenómeno de identificação inconsciente.

  • A segunda é O Dar e o Receber e a Ordem do Equilíbrio. A necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber e entre o ganho e a perda, também é um movimento da consciência. Na consciência pessoal, o que sentimos como boa e má consciência assemelha-se aos sentimentos de culpa e inocência e vela sobre o equilíbrio entre os movimentos do dar e do receber, exigindo devoluções equivalentes, no caso dos relacionamentos. Porém, nesta consciência, também podemos atingir o equilíbrio doutra forma. Em vez de devolvermos algo equivalente, visto que nem sempre somos capazes de o fazer, por exemplo, com os nossos pais (onde existe outra ordem), podemos transmitir algo equivalente (equilíbrio) para a linhagem seguinte, por exemplo, aos nossos filhos ou, no caso de não haver filhos, a outros descendentes, nomeadamente, sobrinhos. O que, na consciência pessoal, os filhos recebem dos seus pais é grande demais e não pode ser devolvido para trás, estando assim disposta, a ordem do equilíbrio, “para a frente”, ou seja, através da descendência.

  • A terceira é O Lugar e a Ordem da Hierarquia. Esta ordem expressa que cada indivíduo do sistema familiar deve e necessita de assumir o lugar que lhe pertence de acordo com a sua idade. Isso significa que aqueles que chegaram antes têm precedência em relação aos que chegaram depois; logo, os pais têm precedência sobre os filhos e o primeiro filho tem precedência sobre o segundo. Cada um tem o seu próprio lugar que pertence somente a ele. Com o passar do tempo, passamos de baixo para cima dentro da hierarquia até formarmos a nossa própria família e, dentro da mesma, assume-se imediatamente o primeiro lugar, juntamente com o companheiro ou a companheira. Além disso, neste caso, impõe-se outra hierarquia. Trata-se de uma hierarquia entre as famílias de origem e a família atual, em que a nova família goza de primazia em relação à anterior. A família de origem deve “ficar para trás” e o centro do lugar desloca-se para a família atual, que passa a ser a VIDA dos novos membros.

“Penetrar as Ordens do Amor é sabedoria. Segui-las com amor é humildade.“

Bert Hellinger


"O sistema das Ordens do Amor influencia-nos do mesmo modo que o ambiente influencia uma árvore. Se esta consegue equilibrar-se entre a força da gravidade e a atração do Sol, cresce naturalmente na vertical, com os galhos igualmente distribuídos. Com essa forma, tem muita estabilidade. Se, porém, não consegue o equilíbrio, talvez por se enraizar na parede de um penhasco, esta pode adaptar-se, crescendo tão verticalmente quanto o permita a conjunção de vento, solo, gravidade e Sol. Esta árvore não é pior que a sua prima do vale, mais espigada, mas pode ser menos estável e alta que ela. Ambas estão sujeitas às mesmas leis da natureza, porém sofrem diferentes pressões dos seus habitats e, cada qual, encontra o equilíbrio orgânico da melhor maneira possível. Podemos ainda comparar as leis sistémicas dos relacionamentos a um redemoinho: não o avistamos até ele sugar as areias do deserto e as folhas caídas, projectando-as rodopiantes no ar. Conhecemos o redemoinho apenas pelos seus efeitos no mundo visível. As Ordens do Amor são forças dinâmicas e articuladas, que sopram e revoluteiam as nossas famílias ou relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem que a sua turbulência nos causa – como as folhas percebem o redemoinho – sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos o seu fluxo harmonioso como uma sensação de bem estar no mundo.”

Bert Hellinger in Simetria Oculta do Amor

“O passado é a raiz a partir da qual o presente se nutre.”

Bert Hellinger


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